Noites Cafajestes à venda

Noites Cafajestes está de novo à venda, agora no site da Amazon Brasil: clique no link abaixo, e digite o nome do livro na pesquisa loja kindle, no alto da página.
Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Atraso

Devido a atraso para obter o ISBN junto à Biblioteca Nacional, Noites Cafajestes ainda não se encontra à  venda no Gato Sabido, no entanto, não deixem de pelo menos fuçar o  site( link à direita).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Noites Cafajestes no formato e-book

   Amanhã, 15 de dezembro de 2009, começa a operar a primeira bookstore do Brasil de livros eletrônicos para serem adquiridos, baixados e lidos nos aparelhos próprios, que começam a chegar ao país, a Gato Sabido, baseada no Rio de Janeiro. E com orgulho comunico a meus parcos leitores que o livro que é a razão de existir desse blog, a coletânea de contos chauvinistas, canalhas, parciais e urbanos Noites Cafejestes e Alguns Dias Canalhas, estará à venda nesse sítio eletrônico pioneiro nestas plagas, por R$ 17,00. A capa e o conteúdo são exatamente iguais aos da versão disponível no Clube de Autores, e por um preço bem menor (mais de vinte reais de diferença).
    Algum dia qualquer, conto como consegui ser selecionado para o catálogo da Gato Sabido, mas já adianto que esse evento é uma prova cabal de que por vezes não são necessárias ' brodagem ', 'QI', bons contatos, puxa-saquismo nem coisas assim para se ter uma oportunidade de ser lido e conhecido, no Brasil varonil.Foi o puro e simples acaso, aliado a uma dose de cara-de-pau desse que vos escreve.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Grande novidade

Muito em breve, Noites Cafajestes e Algumas Noites Canalhas estará à venda em formato e-book. Aguardem detalhes.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Novo relato sobre a imbelicidade masculina

A ode ao homerio que segue acompanhava a primeira, postada há algum tempo, e como ela, é total e completamente verídica, exceto nos nomes. Deleitem-se com mais esse registro da idiotice masculina.E não deixem de comentar ( finalmente postaram um comentário. Obrigado, grande Alan!).


Zeca, um rapaz independente

            Zeca era um babaca da pior espécie. Esperto, alto, forte, bonitão, se dava bem até certo ponto em quase tudo, mas vivia em uma eterna puberdade, sempre competindo com os amigos para se mostrar o mais fodão e sempre tentando fazer alguém de seu círculo social a vítima por meio da qual suas qualidades fodescas seriam exaltadas. Tentou fazer isso comigo, mas como eu já era bastante experiente em lidar com tipos como ele, desistiu após duas desmoralizações públicas. Mas tudo bem, continuamos nos falando e nos entendendo em nossa má-vontade mútua.
            Em busca de alguma aventura e emoção, decidido a realizar a obrigação de todo  homem jovem em busca de “independência” e “crescimento”  (a saber, morar longe das asas protetoras de papai e mamãe, mesmo que de maneira postiça e com prazo de duração definido) e fascinado pelas “fascinantes” festas da USP, ele enfiou-se no apartamento de uma amiga que morava no CRUSP, o conjunto residencial da universidade, fazendo uso da maravilha que era aquela zona negra de ninguém conhecida como “hóspede do apartamento”, que vocês podem imaginar o que realmente era.
            Numa noite de sexta-feira, após as aulas, eu, Zeca, Ana e Carla (as garotas com que ele morava) caminhamos da Faculdade de Ciências Humanas para o CRUSP (uma caminhada de menos de quinhentos metros). Eu meio que morava com uma namorada no Bexiga e não podia ignorar que os malditos ônibus que circulavam pela Cidade Universitária desfilavam sua decrepitude metálica até 11:30. Eles, claro, estavam leves e felizes. Zeca pediu para ir até lá com ele para ajudá-lo a pôr uma carga no carro e topei de pronto, sem suspeitar que lição sobre a idiotice e ridículo dos  homens  me aguardava.
            Chegamos, subimos ao apartamento, conversamos uns minutos, esvaziamos uma lata de cerveja cada um e em seguida ajudei Zeca a levar dois sacos de lona até seu carro, um Escort preto que, perto dos montes de carros zero quilômetro que descansavam no estacionamento do centro habitacional que existia em plena USP para abrigar estudantes sem condições de pagar aluguel, era acanhado e pobre.
            Os sacos pareciam conter roupas e eram bem grandes e pesados. Enquanto ele abria o porta malas do possante, perguntei:
            “ Hã, Zeca, o que tem neles?”
            E ele respondeu com a maior calma, sem se alterar:
            “ Minhas roupas que usei durante a semana. Vou visitar minha mãe amanhã e estou levando para ela lavar.”
            Olhei para ele por um momento e fiz um comentário:
            “ Sei. Mas esse aqui está pesado pacas. “
            “ É que esse tem toda a minha roupa de cama, que tive de trocar antes da hora. Trouxe uma mina da Sociais para casa ontem e comi ela, foi um sexo bem gostoso, legal, sabe? Mas ela estava menstruada e sujou toda a minha cama. Então estou levando para minha mãe lavar e secar lá. Fazer isso aqui no Crusp com lençóis e fronhas é complicado.”
            Olhei mais uma vez para aquele sujeito, o mesmo que uma semana antes tirara um sarro de um cara de nossa sala, porque este cometia o crime de ainda morar com os pais. Não satisfeito, ainda dissera que o rapaz, que ficou quieto, tinha todo o jeito de ser um “filhinho da mamãe” que nunca se libertaria dela. Enfiei o saco no porta-malas, apertei a mão dele e fui para o ponto de ônibus. 

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os porcos chauvinistas

Essa postagem inaugura uma nova série dentro do blog. Primeiro, peço aos leitores de mais de trinta anos, ao lerem-na, que cantarolem a introdução do quadro Porcos no Espaços, do lendário e sensacional programa Muppet Show. Os leitores que não são jurássicos que assistam no youtube a essa maravilha, antes de ler.
Pronto? Então, vamos lá: e agora ... Porcos Chauvinistas!!!

Ainda hoje, ao vagar e vadiar pela cidade e dedicar-me à prática de contorção ultra-veloz do pescoço, para admirar os "belos latifúndios dorsais" das mulheres, nas palavras do grande Xico Sá, topei, como sempre
com várias belas de cara e parcas (muitas vezes totalmente parcas) de funda. Ocorreu-me uma interessante conclusão, um daqueles pensamentos que surgem nas cabeçinhas masculinas somente se inspiradas pela visão mais bela do universo.
As caras mulheres que não foram agraciadas pela natureza com curvas e mais curvas libidinosas não deveriam se lamentar, ameaçar de espacamento as que foram, como a pobre loira da uniban, se roer de inveja ou gastar os tubos em próteses arredondadas para engrandecerem suas silhuetas. Não! Pois se, ainda  nas palavras do filósofo cearense, a beleza passa e a feiúra é eterna - ele se referia ao homerio, não ao mulherio - as curvas das bem-feitas pela natureza, todos sabemos, um dia despencarão e se tornarão os declives através dos quais suas amarguras, frustrações e lembranças - verdadeiras ou falsas, pouco importa - mergulharão fundo no poço do azedume, do moralismo falso e barato e na defesa do machismo mais retrógrado, disfarçado de defesa da "moral e dos bons costumes". Já as retas, as tábuas, as sem  grandes atributos curvilíneos serão poupadas dessa decadência e muitas, sou testemunha e vivenciante disso, compensam essa carência com graça, feminilidade e delicadeza.
Assim, que treinem desde já essas qualidades, pois lá diante, na curva dos anos, será a vez de vocês desdenharem das futuras pelancudas e acabadas.      

sábado, 7 de novembro de 2009

a capa



Um atraso imperdoável: finalmente posto a capa do livro que é a razão de existir desse blog. Reparem que é diferente da foto que encima o blog, apesar da mesma, digamos, temática. Ambas foram feitas por um amigo fotógrafo, na mesma noite.

Post inútil e fútil

Essa ocorreu já há longo tempo, mas é atualíssima: uma noite, eu e um amigo, canalha, cafajeste e baixo como eu, estávamos pelo Centro, escolhendo o lugar que adentraríamos para nele exercitar nossa canalhice. Durante a peregrinação, contávamos um ao outro nossos últimos lances, enganações e patetadas com o mulherio. Foi espantoso como um adivinhava o desfecho, com detalhamento máximo: o que a amiguinha, a amante, a qualquer coisa, a quase nada que queríamos que fosse muito dizia, como ela reagia e como já estávamos pesada e terrivelmente escolados com as histerias, manias e táticas que usam e das quais também são vítimas: fingem odiar quando descobrem que o cara é enroscado, compromissado etc, mal escondendo o fascínio; se não gostam de nós ou da cantada, ao invés de serem honestas e diretas - acreditem, nós conseguimos aceitar um não simples e direto. Basta olhar para o próximo par de seios empinados e pontudos e esquecemos imediatamente que uma musa nos rejeitou - preferem dizer que não "rola" porque  é namorada ou enrosco do dj da casa noturna; se não bancamos o cachorrinho babão e não mandamos dois torpedos para o celular, no dia seguinte, somos uns desprezíveis.
Bem, a nada brilhante e inevitável conclusão: não somente os homens são todos iguais, o mesmo pode e deve ser dito sobre as mulheres, essas cândidas, puras e elevadas vítimas de nós seres masculinos da lama. Ou: a espécie humana é sempre igual e digna de desprezo.