Noites Cafajestes à venda

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Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Novo blog nos links

Meu amigo que mais colabora com essa tranqueira me indicou um ótimo blog, encontrado durante peregrinações internéticas. E ainda me chamam de canalha é obra de outro nobre membro da nossa estirpe. Dêem uma olhada à direita e prestigiem mais esse compêndio de sabedoria masculino-canalha-noturna.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre a última noivinha satânica

  Alguns amigos e leitores pedem esclarecimentos sobre a última noivinha satânica que encontrei. Vamos a eles.
  A moçoila era das mais bonitas, estilosas e sensuais que circulam naquela verdadeira masmorra, naquele antro de perdidas, loucas, problemáticas, malucas, piriguetes... a lista de termos seria imensa. 
  Pele clara, cabelos negros encaracolados, olhar perigoso e atraente, decote indecente (leia-se delicioso), ela era tudo que um sujeito como eu procura pela noite. A conversa foi meio tortuosa e em dado momento a musa simplesmente sumiu, para reaparecer duas horas mais tarde. Nesse meio tempo, passei cantada em duas amigas dela (claro que só soube que as três se conheciam após perpetrar a burrada).
  Ao ressurgir, estava sóbria como uma noviça recém-ordenada, ao passo que quando a abordei estava chafurdando na bebida. Prefiro não registrar minhas especulações do que ela aprontou ou sofreu, para estar tão recomposta, naqueles 120 minutos... 
  A conversa, nesse segundo encontro, progrediu bem, a dama da noite caiu nos meus braços, mas, epa! nada de beijos de boca aberta, nada de línguas se atracando. Um mal sinal, convenhamos, quando seu  par não permite esse contato mais profundo. 
  Adiantemos a narrativa e vamos ao clímax(que não houve).
  O expediente da masmorra terminara, seguranças pediam para os últimos bêbados e malucos voltarem para seus tristes lares ou o que quer que fosse. A essa altura eu e a musa já tinhamos nos entendido sobre o próximo movimento, mas ela insistia em irmos para minha casa (localizada bem longe dali). Eu sugeri, da maneira mais gentil  e suave que posso, um hotel dentre as várias opções nas proximidades. Diante a insistência cega dela, perguntei o porquê e fui atingido por uma bomba de neutrôns de milhares de megatons: o que realmente queria não era transar, mas o depois, "dormir juntinhos" e ao acordar ter um café da manhã romântico e passar horas na minha casa, pois já tinha se amasiado várias vezes no decorrer de seus menos de 30 anos e estava em busca do próximo companheiro...
  O que fiz? Caros leitores, o que fariam diante de uma chave de cadeia como essa proclamando suas intenções com tamanha naturalidade e convicção? Fiz o que tinha de fazer: assim como ela, desapareci sem deixar rastro.
   Encerro o relato com perguntas sinceras: esse tipo de mulher realmente crê que os homens que somem, que não querem compromisso, que são uns galinhas e imaturos etc, não valem nada? Esse comportamento não é de apavorar até o mais vivido dos machões e canalhas? Um homem que foge desse tipo de encrenca pode ser condenado?  
 

sábado, 31 de julho de 2010

Breve relato das últimas noites cafajestes

   Fiéis leitores, não se irritem com ou desistam desta tranqueira, seu autor está vivo e ativo, coletando vivência, histórias e encrencas para alimentar o blog. 
   As últimas semanas foram deveras interessantes e repletas de material  a ser lapidado para abrilhantar as  Noites Cafajestes. Por hora, informo que tive reforçada (e como!) uma percepção que já me acompanhava há tempos: quanto mais supostamente malucas, modernas, avançadas, radicais etc são as mulheres de hoje, inclusive e principalmente no visual e no comportamento sexual que ostentam ou aparentam praticar, mais conservadoras, noivinhas casadoiras e desesperadas são, acima de tudo entre as tribos que posam de mais radicais, anti-burguesas e revolucionárias e toda aquela patacoada moderna (ou seria pós-moderna?), como góticas, metaleiras... Em suma,  há milhares de noivinhas satânicas campeando por aí (para quem lembra da postagem com esse título, um comentário/auto-exaltação: creio que nomeei com  perfeição um tipo social, um animal da fauna humano-urbana desses tempos malucos. Se espalharem o termo internet, conversas e mundo afora, dêem o devido crédito, por favor), e topei com um exemplar tão doido e assustador da espécie que ao fim da aventura tive uma exemplar lição/atualização da frase de sabedoria masculina "não pago para elas ficarem comigo, pago para irem embora, para não encherem o saco após o sexo". Bem, vocês podem supor ou imaginar o que aconteceu, um dia conto isso em detalhes.  Saudações canalhas e cafajestes.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - X

" Eu, como o grande Ian Curtis (finado vocalista do finado mas eterno Joy Division) também me matei aos 23 anos: foi a idade com que me casei. "

 Do amigo canalha colaborador número 1 desta tranqueira.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - IX

" As mulheres tornaram-se tão complicadas e exigentes, tão malucas e destemperadas, que hoje em dia ter uma mulher para sair, transar, beijar é tão trabalhoso que ter uma mulher para qualquer coisa é como ter um filho".
Frase lapidar de outro velho amigo, o canalha supremo que conheço, modelo e ídolo e que breve estrelará outro texto desta tranqueira.
 

quarta-feira, 23 de junho de 2010

As musas dessas noites e desses dias - Parte II - Reencontrando Ana - ou: como passar a odiar uma paixão de adolescência

   Esse conto de título tão inusitado e criativo (admito, gosto de me vangloriar de minhas criações, inclusive um amigo diz que sou o maior frasista que ele já conheceu) tem como musa uma moça com a qual convivi durante o Colegial, ou Segundo Grau Escolar. A dita cuja, em meio àquele bestiário de problemáticos, bitolados e nerds, drogados, aspirantes a pensadores drogados, putas bêbadas e chatas metidas a "minas papo-cabeça" , se destacava por sua beleza mediana e por ser a figura  maior de uma categoria de meninas  que imperava naquela escola tão esquisita e doente, em termos sociais, um tipo de menina que batizei de "putinhas indecisas": caminhavam, com a segurança que só uma mulher pode ter mas ao mesmo tempo dando as bandeiras típicas de uma adolescente ainda plena de falta de jeito, entre o fingimento do recato e da seriedade (na verdade, temor de sair curtindo a vida e ficar mal vista) e as aprontações mais ou menos escondidas. Bem, creio que o termo se explica.
    A musa em questão era desejada por muitos e com bem poucos ficou/namorou/deu (oficialmente, anos depois, soube-se que seu recato era principalmente de fachada), incluindo por este que vos escreve e por um rapaz que é o verdadeiro protagonista do conto: um cara que naqueles tempos patéticos era o saco de pancadas moral de boa parte da escola, o sujeito em que os aspirantes a fodões, machões loucos para virarem bichinhas loucas e quetais descontavam suas frustrações e vergonhas, um cara estranho e inteligente, que tinha gostos musicais e literários imperdoáveis em um ambiente dominado por pseudo-pensadores e roqueiros limitados. Bem, esse cara mudou muito, hoje (aliás, já há um bom tempo) em nada lembra o coitado daquela época, transformou-se em um fodão, comedor e canalha de estampa. Como é dito por um amigo dele (eu), em uma passagem do conto: " você superou todos nós".
    Encontrei esse cara um dia e em meio a muitas cervejas e risadas, narrávamos um ao outro nossas últimas desventuras e aventuras com o mulherio. Ele contou que encontrou-a casualmente, no metrô e que ela o olhava de longe, com um olhar  de divertimento e superioridade, como se ela ainda fosse sua paixão eterna dos tempos de colegial e que bastaria ela estalar os dedos e ele iria de joelhos até ela, para dar-lhe a atenção que ela merecia. Ele, agora um homem vivido e sábio olhou com consumado desprezo para aquele corpo assustador de tão caído e maltratado (e ela tinha a mesma idade dele na ocasião, de vinte oito para vinte nove anos, apenas), compreendeu o que o olhar dela expressava e pedia e não teve dúvida: virou a cara e desceu na estação seguinte, sem olhar para trás. Perguntei-lhe o que teria acontecido caso ele se aproximasse e conversassem, tantos anos após. A resposta: "acho que falaria amenidades educadas, despistaria o possível convite dela para nos vermos e lembraria com raiva daquele olharzinho de mulher superior, pois ainda sou um cavalheiro."
    Tempos depois, durante as várias noites movidas a álcool em que criava  os rascunhos das Noites Cafajestes, coletando de minha memória as histórias que seriam as bases dos contos, lembrei-me desse evento e pensei: "e se ele fosse falar com ela, marcasse um encontro e  NÃO FOSSE UM CAVALHEIRO, mas um autêntico canalha?"
    E assim nasceu essa singela homenagem a uma mulherzinha que certamente mereceu todas as agruras que sofreu na mão dos homens.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Da euforia à humilhação em poucos segundos Ou: Sobre a condição masculina

    O episódio aconteceu com um amigo, professor de ensino médio, jovem e canalha como eu. É uma bela ilustração de como nós machos podemos ter toda nossa força, alegria, auto-confiança e tudo mais que nos faz se sentir capaz de enfrentar o mundo com as mãos nuas destruído em poucos segundos, com uma ação mínima ou pouquíssimas palavras.
    A escola em que ele expira pecados, tentando enfiar conhecimento e cidadania na cabeça de uma garotada que quer ser burra e animalesca (desculpem por ofender os animais), preparou uma comemoração/homenagem para duas professoras, muito queridas por toda comunidade escolar, uma vez que ambas tinham acabado de  receber o comunicado de oficialmente aposentadas. Meu amigo, que é músico, juntamente com mais alguns professores e um grupo de alunos também instrumentistas, preparou apresentação musical, discurso, faixas com frases afetuosas e tudo mais. A homenagem se daria no pátio da escola, que possui um palco de médio porte.
     Chega o grande dia, os alunos são encaminhados para o pátio, as professoras, incluindo as homenageadas, se perfilam diante o palco, os músicos e oficiantes estão a postos. Após duas falas ( uma delas, intragável, segundo ele, pura pieguice moralista), é hora da música. Ele se posiciona diante o microfone, faz um teste rápido, olha para o resto do grupo, dirigindo aquele olhar de "vamos lá!" e eis que um quarteto de lindas mocinhas na flor da idade, todas suas alunas, irrompe num coro ensandecido: " Fulano, tesão, bonito e gostosão! Fulano, tesão, bonito e gostosão!"     
       Ele se perde por momentos, tomado por devaneios eróticos. Como qualquer macho, de qualquer idade, condição ou categoria, diante de tal furor, mesmo que de brincadeira, põe-se a imaginar-se possuindo aquelas lindas ninfetas, uma a uma, ou todas de uma vez. Ele já tinha notado que pelo menos duas delas tinham acentuada queda por ele, mas tal demonstração pública faria qualquer macho, repito, sentir-se pronto a possuir todo o mulherio que surgisse a sua frente. 
     Sua imaginação libidinosa toma asas... afinal, são todas alunas de terceiro ano de ensino médio, que em breve deixarão a escola e duas já ostentam dezoito aninhos.  Se agir direito, o risco de encrenca é quase zero. Sim, meu amigo, nesse momento, deixou de raciocinar, somente a libido o governa agora.
      O clímax? Os demais músicos, todos homens, talvez tomados de inveja, talvez para avacalhar, talvez para dar uma lição a seu professor que estava se julgando o comedor, talvez por pura viadagem,  interromperam os delírios sexuais do fodelão: o cercaram e enquanto o abraçavam e o apertavam gritavam: "professor, nós te amamos!!!!"
       Liberto daquilo após alguns segundos, tudo que ele consegue fazer em seguida é voltar ao microfone e balbuciar: " essa foi uma das coisas mais nojentas que já me aconteceu."
       A homenagem prosseguiu normalmente e conforme o roteiro estabelecido, apesar do professor-galã ter errado várias passagens e desafinado muito.