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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Postagem dupla - Mais uma noite do caçador noturno e nova reflexão colhida em mesa de bar

Observai as pessoas a seu redor e o que elas fazem, pois sempre verás alguém mais baixo e sujo que você, para te consolar de suas falhas e fraquezas, ó canalha!

Por motivos diversos fiquei mais de mês ausente do meu antro favorito.O retorno triunfal, na noite de sábado último, como sempre, garantiu diversão, boas conversas, instântaneos sobre as relações entre os sexos que renderiam muitas linhas de observações psicosociológicas pós-modernas e outras bobagens do tipo, além de uma reflexão, que segue abaixo.
Retornei ao adorável pulgueiro seguindo as indicações dos barmen da casa, os quais entregaram o ouro sobre qual a melhor noite para farrear no local, que divide sua programação em  noites temáticas ou algo que
se pretende isso.
Mal atravessei o portal para o reino da música tosca e mal-executada, das trevas e dos prazeres e confirmei a indicação: os salões pululavam de gente, muitas mulheres inclusas, das mais diversas idades: de ninfetinhas a cinquentonas(anote essa informação, pois ela será importante para o desfecho do relato).
Circulei um tanto, apanhei alguns copos de bebida e pus-me a escolher e abordar as candidatas a musa questionável da noite, e os resultados se sucediam, uma procissão de insucessos que contrastava de maneira inquietante com a variedade de belos exemplares do belo sexo presentes, tanto que, quando a noite ia avançada, pus de lado meus princípios e caráter e procurei, digamos, hããã, a ajuda de uma conhecida para satisfazer minhas pulsões, uma moça bela e atraente, frequentadora assídua desse e de outros antros do centro de São Paulo e também muito dada a excessos alcoólicos; em outros termos: a moça, que eu já tinha visto e cumprimentado um par de horas antes, estava para lá da mais remota e exótica cidade mítica do oriente e consegui sua companhia, beijos, abraços e carinhos sem o mínimo esforço, me aproveitando dessa condição de pinguça compulsiva, assim como pelo menos outros três caras o fizeram depois, conforme testemunhei... Mais tarde, respirando um pouco de ar fresco no fumódromo (sim, é isso mesmo que você leu, caro leitor), incomodado por uma pequena ressaca moral (antes que o leitor tome conclusões apressadas, não fiz nada ilegal, imoral ou à força com a garota, muito rodada na prática de passar uma única noite na companhia de vários homens, apenas sentia-me rebaixado por não ter conseguido os favores da moça graças a meus dons discursivos) presenciei algo que me curou de imediato e gerou esta pequena e desprezível crônica: um casal se formara dentro do antro, embalado pela meia-luz que emulava os efeitos cromáticos de um puteiro barato, pelos doces aromas que partiam dos banheiros imundos e pela música suave e romântica que partia do palco; os dois corações feitos um só buscaram um ninho de amor e se aninharam debaixo de uma aconghegante árvore a poucos metros do fumódromo, como dois pombinhos, trocando arrulhos, cicios e beijinhos, e que beijinhos!
E o que havia nessa cena que curou uma súbita crise de remorsos em um canalha qualquer, fazê-lo se sentir não mais sujo, vil e asqueroso? Simples: o homem era um rapaz de vinte, vinte e dois anos, um dos muitos que acorriam àquela casa noturna em busca de bebidas, aventura e mulheres, claro. E a mulher, bem, lembra-se da informação registrada acima, sobre a qual alertei o bravo leitor, ele deveria reter na memória?
Há algumas mulheres (cerca de três ou quatro, ao que percebi)  que percorrem a cena roqueira de São Paulo em busca do que a maioria, senão todos, seus frequentadores, buscam, a saber, as anestesias que esse mundo cruel vende para nos esquecermos um pouco desse horror que é a vida contemporânea. Bem, essas damas são, para ser correto na descrição e politicamente incorreto, um tanto passadas. Na verdade, são umas cinquentonas rumando a largos passos para a senilidade, a ponto de meu amigo canalha colaborador principal desta tranqueira  as apelidar de "mulher-maracujá", dado o estado um tanto ruinoso de suas faces outrora lisas e macias (suponho que assim foram); bem, sejamos claros: não é censurável ou ridículo uma pessoa entrada em anos continuar frequentando os ambientes e lugares em que foi feliz quando jovem e bonita, ou a ele retornar para lembrar/reviver os bons e velhos tempos, mas vestir-se exatamente como se vestia naqueles tempos e fingir que ainda é um(a) jovem cheio(a) de energia, beleza e graça... Meus amigos leitores, as mulheres-maracujá que rondam a cena roqueira de São Paulo vestem-se como lolitas góticas, como autênticas ninfas noturnas: saia curta, botas de salto e cano longo, corpete negro rendado...Sim, leitores o rapazote de vinte, vinte dois anos trocava beijos apaixonados com uma mulher-maracujá metida a roqueira juvenil, com o maior desprendimento, entrega e abandono, à vista de todos que morgavam na porta do antro! A rodinha em que eu estava, no fumódromo, silenciou de imediato para contemplar a cena, estarrecida. Após algum tempo, tomei coragem de quebrar o silêncio e comentei:
"Na verdade não podemos zuar ou criticar esse cara; ele deve é ser enaltecido: essa coragem, essa audácia, esse é um verdadeiro guerreiro noturno!"

Convenhamos, é ou não é uma cena para curar a ressaca moral de qualquer canalhazinho barato?

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXV





" O bar é a torre de marfim dos derrotados da sociedade"
Frase dita por nada menos que um rapaz de dezessete anos, aluno de um grande amigo meu, eventual colaborador desta tranqueira e que a anotou e me repassou, certo de que seria uma boa aquisição a esse repositório de pensamentos bêbados, imundos e baixos.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXIV

"Esse é um verdadeiro esquadrão Cica!"
Mais uma obra-prima do amigo e colaborador número um desta tranqueira, que mandou essa para definir muito bem uma turminha de panacas, babacas, toupeiras, ou goiabas (daí a referência à Cica, fabricante de produtos alimentícios cuja goiabada fez e ainda faz a alegria de gerações de crianças Brasil afora) que estava ao lado de nossa mesa, na última beberagem canalhística do ano; os rapazes, digo, os goiabas em questão, estavam de papinho, gracejos e gracinhas com duas moçoilas que nós canalhas também cobiçávamos. Nos pusemos a refletir sobre como certos tipos de homens não se mancam, tudo neles, das roupas (um dos sujeitos comete o desplante de aportar em um conhecido e sempre lotado bar de azaração da avenida Paulista trajando camiseta amarelo-ovo do bob esponja, com a maior alegria e orgulho...) às expressões faciais indicam sua condição de matéria-prima para goiabada e também discutimos porque certas mulheres preferem esses tipos - nossa conclusão: porque são fáceis de serem manipulados, usados, é uma mamata fazer esses frouxos bancarem tudo e quantas vezes for. Alguém tem outra explicação para o fenômeno? -
O amigo e canalha mor não suportou admirar a cena por muito tempoe disparou a sabedoria, devidamente registrada.

Este blog entra em recesso e como seu criador/mantenedor não crê no espírito natalino e demais bobeirasde final de ano, apenas proclama: até 2012, saudações canalhas.

PS: mais uma vez afundado na vergonha, peço desculpas pelos erros crassos de ortografia, acentuação e concordância que maculavam a porqueira acima. A explicação, mas nunca desculpa: eu estava sob intenso efeito do álcool, quando redigi a postagem.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Postagem tripla - observações canalhas e divulgação de web rádio de um grande camarada

Para compensar as duas semanas de inatividade, uma postagem com três itens. Vamos lá:

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXII

"Não sou cachaceiro, sou caça-cheiro!"
Frase dita por uma das maiores personagens do Centro e por extensão, de toda a cidade. O sujeito é proprietário de um bar no centrão muito conhecido, um lugar indescritível, um verdadeiro portal do qual surgem as experiências e eventos mais estranhos, variantes da humanidade inimagináveis e tudo mais de fascinante e perigoso que um canalha dado a andanças e aventuras noturnas pode querer. Este escriba orgulha-se de ser frequentador desse glorioso pé-sujo muito antes de se tornar "pop".
Em tempo: o cara é um mulherengo e canalha dos mais sujos, a ponto de já ter se enfiado em encrencas pesadas por causa das damas que acorrem a seu ponto comercial... Bem, em uma de minhas recentes visitas ao antro, ouvi essa pérola do cara, enquanto ele ia atrás de um belo exemplar do sexo feminino que estava enfiado em trajes negros deliciosamente justos, pérola que anunciou entre risos, apontando para as partes mais fartas da anatomia da moça.

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXIII

"Nossa geração foi corrompida por dois fatos: nós assistimos à minissérie Xogun e lemos as aventuras de Mariko Yashida no Japão."
Frase muito sagaz dita pelo amigo canalha e colaborador principal desta tranqueira, durante nossa primeira visita a um novo antro, em plena Avenida Paulista, o qual, já tivemos uma pequena prova, será um rico veio para dois velhos e curtidos seres da noite como nós. 
Mas do que diabos trata a frase em questão? Simples, ele soltou essa pérola após uma linda, deliciosa e perfumada garota de ascendência oriental passar por nós. Imediatamente pedi papel e caneta ao garçom e anotei-a, pois ele matara a charada: por que os homens da nossa geração são tão tarados por japonesas, mestiças, orientais em geral (a quantidade de mulheres de olhos puxados que passou por nossas vidas é realmente elevada). Quem estiver interessado em compreender as referências, que vá ao Google...     

Nova Web Rádio

Um amigo de muitos e muito anos (dos tempos do Ensino Fundamental, quando este chamava-se " Primeiro Grau"!), agitador cultural de primeira, muito bem informado e combativo, e tremenda  puta velha de internet, criação e programação de sites, pediu para divulgar sua mais nova criação: A The Point Web Rádio, rádio on-line, virtual, chame como quiser. Homepage bonita, visual de bom gosto, funcional, locutores profissionais (incluindo o lendário Mister Sam!) e programação muito variada, que abarca todos os gêneros musicais que comandaram as rádios nos anos 70, 80 e90. O endereço é http://radiothepoint.com/.Prestigiem, pois é  uma produção de primeira.
Saudações noturnas e canalhas

domingo, 6 de novembro de 2011

Ninguém escapa dos ciclos cósmicos Ou:momento de reflexão e espiritualidade de um canalha

As narrativas mitológicas de nossos ancestrais ditos "antigos" ou "primitivos", forjadas por incontáveis gerações, culturas e espíritos sensíveis e elevados, contêm o maior manancial de sabedoria a que podemos recorrer, nos momentos mais apertados e tormentosos de nossa passagem pelo tempo e pela superfície deste planeta. Este escriba, desde que as descobriu, as adotou em definitivo, renegando total e completamente aquele manual de intolerância, auto-imolação, xenofobia, histeria e medo que foi escrito por um bando de tribos doidas e para lá de enrustidas que vagavam pelos desertos do Oriente Médio há uns tantos milênios,  livro do qual sequer citarei o nome.
Bem, como dito, ao conhecer a verdade e beleza das grandes mitologias, procurei sempre recorrer a elas, quando precisava de algo que transcendesse minha visão egoísta e limitada da vida.
Recentemente atravessei um momento de dificuldade e vazio na minha vida de canalha, algo que me atormentou deveras; enquanto perseguia como um cão a única forma que parecia luzir a minha frente para vencer a desdita, cometi o erro de não buscar compreensão e iluminação na sabedoria mitológica; ignorei, para minha vergonha e sofrimento, os conselhos dos heróis, xamãs, magos e demiurgos de outrora. Somente no auge da tormenta a luz revelou-se e segui o conselho dito por vozes imemoriais e sem palavras. Assim, abandonei o retorno a porões de outrora, em que em outras eras reinei, não repeti o erro de percorrer as mais folclóricas catacumbas e masmorras de certa rua até o amanhecer, seguindo um bando de pós-adolescentes deslumbrados, exilei-me para sempre de certas técnicas e procedimentos modernos e, para minha salvação e triunfo,  retornei ao lugar, ao santuário em que tudo começou, pois lá, armado de um espírito iluminado e renovado, tudo terminou, o ciclo nefando encerrou-se e um novo ciclo iniciou-se, ciclo coberto de  superfícies de textura lisa e aroma suave e doce, olhares brilhantes e magnéticos, curvas irresistíveis de acompanhar e tocar, toques gentis e sedutores...
Assim diz a sabedoria dos mitos: onde um ciclo começa ele deve terminar. 
Saudações noturnas e canalhas

PS: muito envergonhado, peço desculpas pelos erros dantescos de concordância e acentuação que o texto continha. Acabei de realizar uma correção e, creio, está tudo em ordem. 

sábado, 29 de outubro de 2011

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXI

"Tem uma surucucu na minha bota"
Frase de um grande amigo, canalha de estirpe, mestre absoluto do ramo - por que será que meus amigos mais antigos e fiéis são todos membros dessa gloriosa corja? he he he - e encrencado por causa de uma dama que, apesar de reiterados avisos de que a relação não passa de uma amizade mantida com fins a sessões de sexo anal e mais nada, está descambando para o clássico: ciuiminhos (e ambos são comprometidos com outras pessoas!), cobranças, possessão, ceninhas histéricas. A coisa está se tornando tão pesada que ele cunhou a frase acima para descrever a situação, frase que pinta à perfeição algo que todo canalha já viveu. É, amigos e amigas, a jararaca e a clássica cascavel já não são mais bastantes para se definir o nível de letalidade de certas mulheres, tivemos de tomar emprestados os nomes de ofídeos ainda mais terríveis, como a tal surucucu, o urutu (essa última, os amigos que conhecem minha identidade civil sabe a que ou quem me refiro)...
Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um ano sem o mestre

Dia 16 último fez um ano que o maior iconoclasta que já investiu contra a mais que morta, apodrecida e fétida moral sexual brasileira-latina-burguesa-cristã-hipócrita-moralista (sim, eu sei, cada palavra componente do imenso termo logo aí atrás pressupõe as demais, ou seja, é de uma redundância tremenda;o objetivo é mostrar meu ódio virulento e inextinguível à coisa) partiu, e este relapso deixou a data passar.
Sim, mestre José Ângelo Gaiarsa nos deixou já faz um ano. Esta postagem é uma modestíssima contribuição para que a obra dele não se perca,não seja esquecida e sejamos pessoas um pouquinho mais plenas e donas de si, aquilo a que ele dedicou sua vida.
Saudações;




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mulheres modernas, decididas e independentes, essas criaturas adoráveis

 Com a devida autorização, o texto abaixo foi retirado do blog do grande Chuck. É como todo compêndio de sabedoria deve ser: simples, direto e arrebatador, revira a cabeça do leitor e o faz perceber sua insignificância ou tomar consciência do mundo absurdo e sem sentido em que vive. Leiam e vejam como é maravilhoso lidar com mulher que gosta de "pegada"...

" WTF?!?!

Deixem o tio Chuck tentar entender:

Se o sujeito avança o sinal, é considerado atirado demais e leva  fama de tarado, mas se mantém uma postura respeitosa, é devagar, falta "pegada" (eu realmente odeio esse termo!!)

Se o sujeito é romântico e respeitador, é bunda-mole, mas se é direto e objetivo, é chamado de tarado.

Se olha firme pra mulher, leva fama de lobo mau , mas se desvia o olhar e tenta uma abordagem indireta, é uma banana.

Se foge de compromisso é considerado galinha, mas se quer levar a garota a sério é chamado de pegajoso, grudento.

Se cai na balada, é chamado de animal, mas se fica em casa na base do DVD, é chamado de roda-presa.

Se tenta beijar sem muitas delongas, leva um fora e é mandado caçar biscate em micareta (ok, eu já ouvi isso!!), mas se demora pra tentar o beijo é considerado devagar, devagarzinho - mais uma vez, "falta pegada" o termo favorito de onze entre dez biscates curva de rio.

Se ignora o que a mulher diz por saber que é contraditório com o que ela sente, é um canalha insensível, mas se respeita o espaço e opinião dela é mantido no banco de reservas.

Se é um canalha qualquer e assume abertamente quais são as regras da casa, é jogado pra escanteio, mantido como amiguinho e enrolado até o ponto que se enche e manda a sujeita passear, mas se for o canalha certo, o e$colhido, o cari$mático, o grande docinho secreto, enfim, se tiver o c(arro)harme, o cari$ma, e a pegada ("esse homem tem futuro, amiga", diz o mesmo tipo de biscate que adora "homem de pegada") necessários, bom, qual o problema dele ser canalha, não?"