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domingo, 1 de janeiro de 2017

O preço de se ter princípios





Significado de paladino, do dicionário Caldas Aulete:
(pa.la.di.no)
sm.
1. Fig. Aquele que defende algo ou alguém com esforço e coragem (paladino da justiça)


Há cerca de duas semanas eu e um companheiro de noitadas, importante colaborador desta tranqueira, nos embrenhamos mais uma vez em nosso antro favorito, no porão em que protagonizamos muitas de nossas mais memoráveis cafajestadas noturnas. 
Pois bem, já há tempos uma bartender abrilhanta um dos bares do antro - justo seria afirmar, aliás, que ela abrilhanta todo o estabelecimento. E nós, claro, desde que reparamos na bela moça, a tratamos com o devido respeito, afinal ela está em horário de trabalho, trabalhando, enquanto nós lá adentramos para nos divertir! mas também nos mostramos corteses, galanteadores na estreita medida que a situação permite, sempre deixamos claro nosso apreço não só ao bom atendimento de bar que ela presta aos frequentadores, mas também demos deixa que sua beleza também é muito apreciada por nós.
Na noite em questão, o que ocorre? Ela adentra o local pouco depois que chegamos, acompanhada de um séquito de belas amigas, como se naquela noite ela fosse uma simples frequentadora, o que ela de fato era: noite de folga, resolveu desfilar pela penumbra do antro para beber, dançar, espairecer e nada mais! Claro que  fizemos o possível para nos fazermos notar por elas; e claro que mais uma vez subestimamos os desejos, a decisão e a coragem femininas! Elas nos notaram antes que  nós sequer as avaliarmos com alguma atenção, assim não transcorreu muito tempo até que um pequeno e divertido incidente ocorresse na pista, incidente que não passou de um engraçado mal-entendido que terminou bem para este escriba, evento que em breve será aqui relatado. E quanto ao amigo canalha? Bem, devido ao citado pequeno incidente, ele teve chance de travar um contato mais próximo com a moça, a linda bartender. Segundo seu relato, ela mostrou-se uma garota que não está à procura de relacionamento 'sério' 'estável' - sinto urticárias somente por digitar esses termos! - mas que também não lhe interessa 'sacanear' ninguém, nem ser sacaneada.' A conversa, segundo o protagonista, corria muito bem, mas ele não se conteve, foi-lhe impossível mentir descaradamente para tão bela e adorável moça, mesmo que o desejo e a possibilidade de desfrutar da companhia e beijos - e quem sabe mais o quê, ao fim da noite - fossem imensos: ele revelou, em um acesso de sinceridade extrema, que é.... casado. 
O interesse da moça por ele não morreu ou murchou, apenas recolheu-se. Ela lamentou bastante a situação e retornou ao grupo de amigas; de uma delas, mais tarde, eu soube que 'seu amigo estava com minha amiga no papo, ela ficou frustrada mas ao mesmo tempo contente com a honestidade dele. Uma pena!'
Alguns dias depois, repassando os acontecimentos dessa noite por telefone, ele fez uma observação para lá de espirituosa: 
"Pois é, bicho, ao mesmo tempo que a beleza e jeitinho da menina me encantaram, me fizeram ser sincero ao extremo. Banquei o cavalheiro totalmente certinho e correto. Tive um acesso de paladinismo noturno!"
Rimos muito por causa do termo que ele forjou, muito sagaz e preciso, e ele recomendou que o episódio fosse eternizado neste compêndio de cafajestice e patetices noturnas;assim, aí está.

Saudações canalhas e cafajestes, um 2017 repleto de putarias, aventuras, noitadas, bebidas, canalhices e hedonismo a todos os leitores deste blog.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXVI

"Eu faria uma degustação dela ou com ela - ambas, de preferência - com todo gosto!"

Observação feita por um amigo de longa data, que infelizmente até hoje pouco contribuiu para esta tranqueira, mas aos poucos está sanando essa falta; importante informar que o sujeito é um cafajeste do mais extremado e refinado grau, deixa este pobre escriba comendo poeira!    
O caro leitor, porém, só degustará a canalhice da frase se esta receber a devida contextualização, então vamos lá:
Este meu amigo canalha é jornalista e recentemente decidiu se especializar em produzir conteúdo sobre um ramo de atividade econômica, social, cultural e também, digamos, pré-sexual(calma que vocês entenderão) que muito cresce neste país varonil: bebidas alcoólicas especiais, bem produzidas e bem servidas. 
Para se aprofundar no tema, dominá-lo e assim escrever a respeito com propriedade, estava e está frequentando um curso de sommelier após o outro: vinhos, cerveja, cachaça,  coquetelaria, o diabo a quatro. Pois bem, contou-me ele que ao final do curso de sommelier de cachaça, todos os alunos, como última atividade obrigatória para aprovação, deveriam criar um drinque com cachaça, servido aos demais e por eles degustado e avaliado. 
Após essa aula final, todos aprovados e diplomados, fizeram o óbvio e lógico: foram ao bar mais próximo 'bebemorar' e confraternizar.  Havia mulheres no grupo, claro, e ainda segundo ele uma das moçoilas, nessa noite especial, trajava uma vestimenta que lhe revelou encantos insuspeitos até então. Em termos mais diretos, mais 'cafas': apareceu para a última aula enfiada numa minissaia curta e justa e numa blusinha que descortinaram-na gostosíssima. A maioria dos homens presentes esticou os olhos e se mostrou mais gentil que o habitual. (Ele, meu amigo, tirou uma foto da dama em questão, enquanto ela preparava o drinque e a mostrou a mim. Merecedora de toda a atenção e galanteios, garanto). 
Ao final da noitada, meu amigo se dirigia ao estacionamento, com outros dois colegas de curso, para apanharem seus carros. A conversa tinha como centro, margem e meio a coleguinha deliciosa. Eis que ele recebe a iluminação noturna dos canalhas e dispara a pérola acima, que felizmente registrou na memória para transmiti-la a este escriba. Creio estar claro o significado da frase (porca e canalha pacas, para nosso orgulho!), e mais que dado o significado de qualificar consumo de bebidas como atividade pré-sexual.

Saudações canalhas e cafajestes  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

E as portas se cerram: reflexão barata e alcoolizada sobre o fim de casas noturnas de rock




Nas últimas semanas, nada menos que três casas noturnas de rock de São Paulo (senão exclusivas,  voltadas principalmente ao gênero) desceram - ou descerão em breve - suas portas em definitivo: O Matrix, velho de guerra, lendário e para lá de decadente, da  Vila Madalena; o Inferno Club, da Rua Augusta; e o Rockerama, ponto rockabilly do Bexiga.
Frequentei os três locais, em épocas distintas da minha porca e patética vida; vivi muitos bons, inumeráveis ótimos e alguns péssimos momentos no primeiro dos citados (tenho uma coleção de ótimas memórias sobre as noites passadas na sua apertada pista de dança), poucos bons e alguns desagradáveis acontecimentos no segundo - o qual adentrei não mais que umas cinco ocasiões, se tanto! - e apenas ótimas noites no último. Lamentei o fim deles? Ao saber da notícia, apenas o fechamento do Rockerama me aborreceu, mas ao discutir o assunto com um amigo, membro de um dos grupos que se apresentava regularmente na casa, ele me deu várias informações interessantes sobre o desfecho do ponto e soube que não havia nada a lamentar e que o bem decorado e alegre ponto de culto ao rock´n´roll dos anos 50 pertence, com todas as honras - sim, isso é uma ironia - ao rol das outras duas casas noturnas citadas e que não devemos prantear o fim delas, e sim torcer para que sejam substituídas por pontos roqueiros mais bem pensados e dirigidos. Ou, como postei em uma postagem datada de quase três anos: as coisas nesse universo, a vida noturna de São Paulo inclusa, morrem, se transformam e renascem, mesmo o que parece perene e eterno, em um dado instante no fluxo dos eons, felizmente, desaparece e dá lugar ao novo.

Saudações canalhas, cafajestes e posando de filosóficas 

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXV

"Pô, sou sua namorada, não sua amiga com quem você trepa. Me dá atenção!"

Frase que uma grande amiga, ex-caso, ex-rolo, e sempre companheira de noitadas, teve de disparar para cima de seu atual namorado, após ele passar mais de uma hora na frente de uma tela, com ela ao lado esperando pelas graças dele. Bela frase, que muitos de nós homens, por vezes, merecemos ouvir.   

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Penultimate saturday night feeling Ou: instantâneo e reflexão sobre episódio noturno


Ao assistir, no penúltimo sábado, uma conhecida e colega de beberagens noturnas ser abordada e galanteada - de modo sutil e educado, cumpre registrar - por uma dessas sapatas, uma dessas lésbicas machonas, no antro roqueiro em que nos encontravámos - lésbica machona, que também devo registrar, era sociável,  tendo inclusive entabulado uma conversa agradável também com este escriba - pensei de imediato no título dessa canção do grande Rauzilto e fiz uma reformulação silenciosa, enquanto observava e me divertia com o desconforto de minha conhecida por receber a atenção de um tipo de pessoa que não a atrai de modo algum: sim, "nunca se vence uma guerra lutando sozinho", mas algumas batalhas, das guerras que compõem a vida, são e devem ser travadas e perdidas sozinho, ha ha ha!!!, pois " é sempre mais fácil achar que a culpa é do outro."

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 13 de novembro de 2016

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXIV

"Para os que não são boêmios profissionais, em tempo integral, o trabalho como forma de subsistência é importante, devem mantê-lo, pois sustenta as noitadas, a vida noturna."

Este escriba, na noite da última quinta-feira, meio alterado, mas ainda dono de suas faculdades mentais, durante um bate-papo em que ele e seus parceiros de copo e conversas desancavam os  "rebeldes", "radicais", metidos a  Charles Bukowisk do centro de São Paulo, que posam de outsiders, marginais, mas cujas pias da cozinha sempre estão vazias e limpas, não aceitam um emprego abaixo de suas inumeráveis qualidades e conhecimentos, e fazem questão de acompanhar a crista das modernidades e hipsterices...    

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Sobre desdém e apelações - título ruim, a equipe pede desculpas pela falta de inspiração

Um amigo de algumas décadas, colega de faculdade e parceiro de muitas noitadas e cafajestadas universitárias daqueles bons tempos, e de alguma outras mais recentes, passou a contribuir no início deste ano com esta tranqueira, por meio do relato registrado em uma postagem datada de março. Segue o link para reavivar a memória dos leitores:

http://noitescafajestes.blogspot.com.br/2016/03/ai-nao-posso-falar-com-voce-agora-tenho.html

Pois bem, a história relatada teve desdobramentos, claro, e ele me relatou um deles, o mais recente, no último fim de semana, acontecimento que contém um exemplo hilário de baixeza tão baixa que se torna pueril.
Meu amigo, daqui em diante conhecido como 'o protagonista', é calejado e durão como só um canalha de mais de 40 anos pode ser; assim jogou o casal de 'pombinhos' (estão mais para frangos daqueles criados em granja bem apertada e mal-cheirosa) em uma sucessão de cenas constrangedoras e tirações perante o microcosmo social em que se encontram, tirações que merecem e ganharão uma postagem em que serão enumeradas, para servir de guia aos leitores interessados em humilhar ex-amores, ex-qualquer coisas. Pois bem, essas humilhações levaram a pobre moçoila a escrever mensagens e mensagens indignadas, em que afirmava não entender o motivo de tanta raiva(!!!!!), principalmente após a ocasião em que, em um conhecido bar-casa noturna de rock no centro da cidade, ele estava com uma turma de amigos e membros de sua banda, que subiria ao palco em breve(sim,meu amigo, além de formado e profissional de comunicação social, é músico). Eis que a moçoila aparece, desacompanhada. Como todos na mesa, além de meu amigo, eram também amigos dela, dirige-se até lá, para cumprimentar a 'galera'. O que faz o protagonista? Levanta-se, convida uma garota ao lado para dançar e vai para a pista da casa, como se a moçoila não existisse. 
Cena um tanto banal, não? Pois o melhor, interessante e cômico chega no final: ocorre que a moçoila possui uma irmãzinha, uma menina menos que pré-adolescente, uma infante mesmo, que por vezes acompanhou o protagonista e a moçoila em passeios diurnos e o adorava, o tinha como o tio que na verdade não possuía; ainda por cima, umas duas vezes a indignada moçoila levou a irmãzinha em shows de fim de tarde de domingo em que o protagonista se apresentou com seu grupo. Assim, o que ela disparou, no afã de fazer-se de vítima? Implorou que, caso se encontrassem mais uma vez - evento bastante provável, dado que meu amigo não se fez de rogado e continua frequentando e reinando nesse pequeno e muito vivo e alegre circuito, o qual não nomearei, por razões óbvias - fosse educado e gentil com a irmãzinha dela, pois a pobrezinha não merecia ser ignorada e mal-tratada, como ele aliás faz com ela, seria uma 'dupla injustiça' com elas!!! Ha ha ha!
Caros leitores, quem é a criança de fato dentre as duas irmãs???

Saudações canalhas e cafajestes