Noites Cafajestes à venda

Noites Cafajestes está de novo à venda, agora no site da Amazon Brasil: clique no link abaixo, e digite o nome do livro na pesquisa loja kindle, no alto da página.
Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A experiência... a sabedoria... o medo!!!

 Introduções e preâmbulos longos e sofisticados - enrolação, em suma - não são necessários. Tudo que precisa ser dito, antes do núcleo dramático-macabro desta postagem é que este escriba estava passando mais uma noitada em seu bar favorito e sendo, digamos, 'corjetado' por uma senhora já adiantada um tanto em anos e desprovida de quaisquer encantos (se teve algum, em alguma era pretérita, o que duvido muito). Ele fugia dos ataques e investidas da senhora (dama é um adjetivo que não lhe cabia) com aquela mistura de desinteresse e educação que ele acha ser muito sagaz e da qual se orgulha(...). 

Até que no fim da noite, encostado no balcão, pagando as despesas etílicas da noitade, a mulher faz uma derradeira tentativa, se achega mais uma vez (!) e, após agradecer numa fala trôpega, bêbada que estava, por este escriba só ter colocado 'sonzera' na juxebox do estabelecimento, tentou retribuir e aproximou sua boca ressecada e bafejando álcool dos lábios deste desaventurado ser...

Caros leitores, o movimento sutil, preciso e rápido ao extremo que executei para evitar o beijo foi de deixar um ninja estupefato. A 'dama', desconsolada, não fez nova tentativa - Comus e Baco sejam louvados! - e afastou-se cabisbaixa. A balconista assistiu a cena impávida e após eu concluir o pagamento, comentou, entre sorrisos: 

- Coisas da noite, né 'X'?

O colaborador-mor desta tranqueira, ao ouvir este relato, concluiu/comentou:

 - Só a experiência de muitas noites permite executar esse movimento ninja e fugir das assombrações da própria noite!

P. S. : este evento se soma a outros recentes que claramente  denunciam a este sujeito: na competição amorosa-sexual das noites paulistanas, ele está sendo passado para trás, dado que está se tornando um 'tiozão' aos olhos da mulheres mais jovens e está atraindo a atenção, cada vez mais e pelo visto apenas, de mulheres que ele ainda não incluiu em seu rol de possibilidades. Ou em poucas palavras: só mulheres mais velhas, da faixa etária dele ou quase, estão se engrançando e as mais novas o ignoram mais e mais. 

Um assunto delicado, profundo e extenso, que cedo ou tarde, terá de ser abordado da maneira devida aqui, nesta tranqueira, por mais que eu queira evitá-lo ou fingir que  não está acontecendo...

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

"Não há nada de natural em ficar sóbrio"

 

Caros leitores, aprendam: a pergunta certa a ser feita a um bebedor contumaz não é "Por que você bebe?", e sim " Você vive neste mundo, nesta época e ainda passa parte do tempo sóbrio??!!" Como escreveu um dos gênios da nossa espécie, Charles Baudelaire: 

 Embriaguem-se

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: “É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso! Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.”

 (Trad. de Leda Tenório da Motta, 1995)

O título da postagem foi proferido por  um grande cientista e pesquisador brasileiro do uso das ditas drogas psicoativas pela humanidade, desde a aurora dos tempos, mas infelizmente, este sujeitinho ébrio não tomou o cuidado de anotar seu nome.

Saudações canalhas e cafajestes (e embriagadas)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

O tempo e a vida são inevitáveis Ou: cedo ou tarde, isso iria acontecer

 

Esta postagem é o retorno à tranqueira de um amigo deste escriba que protagonizou algumas outras narrativas e há tempos não aparecia. Trata-se do divorciado, pai de dois filhos, que tenta equilibrar, manter em uma coisa racional, pacata e equilibrada a relação, divisão de tempo, entre sua atenção aos filhos e uma conturbada vida amorosa (e se os parcos leitores lembram, ele quase nunca consegue essa proeza, óbvio!).

Pois bem, recentemente, ele relatou a este sujeitinho que vos escreve um evento que não fez parte de suas agruras habituais derivadas das quixotescas tentativas de dar, igualmente, atenção a filhos e eventuais namoradas que aceitam se relacionar com o um homem que tem prole gerada em um relacionamento anterior (é, ele ainda acredita que essa fantasia é possível!) Do que se tratou?

Um de seus filhos pura e simplesmente o abordou e contou que durante uma de suas recentes (e primeiras) andanças noturnas com amigos por São Paulo, experimentou a bebida maldita, a desgraça, a praga conhecida como corote. O choque foi grande mas em seguida a razão o dominou e ele, refeito, perguntou a seu rebento, tremendo de medo, o que achou da iguaria. A resposta veio pronta e ligeira:

"- Uma porcaria! Horrível! Detestei!"

Meu amigo sentiu um alívio e bem-estar como há tempos não sentia. Após relatar o evento e beber mais um longo gole de bebida, refletiu, com a sabedoria de sempre:

"viver é isso, a passagem do tempo e os acontecimentos da vida são inevitáveis. Os filhos serão atirados com a cara lavada e desprotegida contra ambos, cabe aos pais prepará-los para lidar bem com isso, nada mais."

Saudações canalhas e cafajestes   

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXII

"Mulher sempre é prioridade, mas nunca seja capacho!"

Do colaborador-mor desta tranqueira, sagaz e preciso como sempre.

Breve comentário sobre o pesamento: certíssimo, mas como é por vezes difícil atingir e manter esse equilíbrio...

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Verdades duras e inegáveis da vida - e uma versão um tanto cômica de uma delas

Ninguém, nenhum, niente, ser humano algum aprecia passar pela situação de sua(seu) parceira (o) amorosa(o)/sexual. trocá-lo por um indivídudo mais jovem. De fato, ser deixado de lado em favor de uma pessoa com anos, às vezes décadas a menos de existência, é algo que leva nós humanos, criaturas dadas a histeria, imaturidade e falta de sabedoria pra lidar com a vida real, a cometer atos e palavras vexatórios, ainda que compreensíveis, pois essa situação, no limite - por exemplo, a matrona de corpo disforme e humor azedo trocada por uma deliciosa garota no limiar dos vinte, vinte e cinco anos - lembra amargamente que a decadência física é inexorável e o fim, inevitavelmente, virá, ou seja, no extremo, essa situação é um aviso sobre nossa mortalidade. 

Mas, como tudo em nossa inglória existência, isso tem seu lado cômico (ou pelo menos, deveríamos procurá-lo, sempre!) ou uma versão em que há um certo humor.

Ocorreu, caros leitores, que o colaborador-mor desta tranqueira, após encontros e (des)encontros com uma mocinha pelo menos dez anos mais jovem (a mocinha apreciadora de uma famosa - e horrível - beberagem alcoólica, que o desafiava a ingerir da mesma 'fórmula mágica', para se provar macho e digno de desfrutar dos favores dela. Vocês lembrarão facilmente da sequência de postagens aqui na tranqueira que registram as aventuras noturnas do casal...) acabaram por estabelecer um relacionamento nada fixo, sem cobranças, esporádido e livre, 'de boas'. Bem, nada, quando seres humanos estão envolvidos, fica 'de boas' por muito tempo, por vezes nem por pouco tempo...

Meu amigo, utilizando um app de pegação (bem melhor, diferente e mais direto que tinder), conheceu outra mocinha na flor da idade. A pegação evoluiu para um relacionamento que já se assumiu como fixo, namoro para ser exato. Bem, e quanto à mocinha anterior? Houve entre ele e ela conversas maduras e adultas que firmaram: ambos eram livres e caso um deles engatasse relacionamento com outra pessoa, poderiam continuar ficando, desde que isso não atrapalhasse esse eventual relacionamento. Óbvio que não foi assim. A mocinha, ao saber que meu amigo estava de caso firme com outra não demorou a se afastar, a 'dar uma gelada. E certa informação foi crucial para mudança de atitude, ela própria confirmou. 

Que informação foi essa, caros leitores? Simples, ela se sentiu ofendida, ameaçada, reagiu como uma mulher de meia idade trocada por uma novinha ao saber que a nova namorada de seu ficante era uma mocinha na flor dos 18 anos de idade, sendo que ela - que não foi abandonada, descartada, ele deixou claro que ainda poderiam ficar, ocasionalmente - tem a avançada e provecta idade de... 23 anos!

Assim que ele terminou o relato bebemos mais cerveja e passamos a ponderar: esse acontecimento, um tanto engraçado, cômico, não seria expressão de um modo de pensar, de uma sensibilidade e psicologia típicos dos tais jovens de hoje e que nos escapam, que nós, já velhacos rodados e curtidos, não conseguimos compreender?

O que os caros leitores acham? Cartas à redação!

Saudações canalhas e cafajestes   

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Texto curto, fútil, mas, tomara, não inútil a um eventual leitor (ou: AlexB dando uma de autor de...autoajuda)

Jamais tenha medo de vencer seus medos e viver de modo diferente e melhor. 

Não peçam explicações, nada mais a declarar por hora.