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(Hemingway era o cara, esse sabia das coisas e o que é a vida)
Saudações canalhas e cafajestes
(Hemingway era o cara, esse sabia das coisas e o que é a vida)
Saudações canalhas e cafajestes
O colaborador-mor desta tranqueira mostrou-o a uma nova peguete sua; a moça, desinibida, bem-humorada, inteligente, curtiu este espaço de cafajestagem e canalhice e prometeu colaborar com várias histórias impagáveis.
Passou-se algum tempo, a primeira destas colaborações veio, que segue registrada abaixo.
Meu amigo procurou a moça em questão, para marcar uma noitada entre eles; a moça não respondeu. Quando por fim o fez, ele perguntou:
- Andou ocupada, hein? Mandei mensagens por dias e nada. O que estava fazendo de bom?
- Comendo cu de curioso. - Disparou à queima-roupa.
- Eita! precisava dessa grosseria?
- Não, você não entendeu, não foi resposta ríspida para você. Foi exata e literalmente o que fiz! Saí com um cara que, quando chegamos no motel, abriu a mochila e disse que era curioso por experimentar coisas diferentes. E foi tirando uma porção de cintaralhos, consolos, de diversos tipos e tamanhos. E pediu para eu enfiar um por um nele!
Meu amigo relatou que perdeu o ar e chão por instantes; ao se refazer, perguntou:
- E depois? Cês transaram?
- E a moça respondeu com voz alterada, indignada:
- Nada! Acredita que o desgraçado foi comigo num motel caro, pagou tudo, para ser enrabado e não me comeu uma única vez!!!???
Bem, caros leitores, só tenho e posso dizer algo sobre essa história tragicômica: cada um dá o que quer e tem e desfruta da liberdade de fazer o que quiser com seu corpo; mas ao adentrar em uma alcova com uma moça, certas coisas são esperadas, bem-vindas e até obrigatórias!
Saudações canalhas, cafajestes e perplexas
La dolce vita (A doce vida), do mestre Fellini. Se ainda não assistiu, corrija essa falha já.
Para convencer um pouco mais os leitores transcrevo um breve diálogo deste filme absoluto, dito por Marcelo, o protagonista, mas que claro, ganha seu total sentido, força e beleza apenas se assistido:
- Sim, eu vou Sylvia. Você está certa e nós estamos errados.
Saudações canalhas e cafajestes
"A noite é uma criança e a madrugada é uma puta"
Espirituosa observação perpetrada por uma conhecida, companheira de copo e eventual ficante. Completo como o seguinte comentário: impressionante como as pessoas pervertem a noite e fazem dessa criança uma puta vulgar, durante a madrugada.
Saudações canalhas e cafajestes
Como qualquer ser vivente com um pouco de cérebro, este sujeitinho procura saber o que se passa no mundo, o que há de novo, como e o que está mudando para conseguir se virar nele; porém compreender e estar a par das mudanças, do 'novo', da 'novidade' não significa adotá-las, não mesmo!
Bem, os códigos, termos, gírias ou assemelhados usados pelas tais novas gerações me interessam muito, sempre procuro saber e aprender o que está na boca da garotada (principalmente, acima de tudo, muito mais os termos usados pelas mulheres mais jovens, por razões mais que óbvias...)
E como já é bem claro para meus parcos leitores, já me meti a filosofar, refletir e também esculhambar alguns desses termos. Pois muito bem, andei reparando e estudando o vocabulário, o jargão e as ideias propagado pelas mulheres que se dizem feministas da atual geração do movimento. A seguir, divido com vocês considerações meio bêbadas, canalhas e chauvinistas sobre um conceito que está bombando entre elas (e pelo visto já foi adotado pelos tais 'machos descontruídos...)
Já há tempo, anos, a mulherada combinou entre si que se, ao conhecer um cara, começar relacionamento com ele e logo o tipinho começa a falar mal da(s) ex(s), principalmente que ela era 'louca', 'possessiva', 'desequilibrada', etc., na verdade o dono de tais adjetivos é ele e que é melhor ficar esperta que ela, a pobre e inocente mocinha será a próxima vítima do lobo mau!
Pois a ideia avançou, ganhou terreno e popularidade e, como todas as ideias feitas e lugares comuns, sem ser acompanhada da mínima reflexão ou ceticismo. O resultado é que agora, em pleno 2024, entre as mulheres que realmente são do movimento, que protegem as 'manas', que praticam essa miragem, esse delírio chamado 'sororidade' (esses termos dirigidos a essa última palavra não são de minha autoria e sim de uma grande amiga, feminista pacas!), entre elas virou dogma, lei da física dizer e propagar que se um cara fala mal da ex-, ela, a mulher feminista, 'mana', que trate de cair fora e avisar a deus e o mundo que esse sujeito só pode ser um macho escroto, abusador, manipulador, etc. E ai de quem discordar!
Sem passar pano para os homens escrotos, que existem aos muitos milhões, essa joia do pensamento moderno proclama: todas as mulheres, mágica, maravilhosa e instantaneamente se tornaram puras, perfeitas, doces, adoráveis. Não existem mais as violentas, destrambelhadas, agressivas, ciumentas, manipuladoras.
No fim do ano passado, foi dado o anúncio: uma lendária banda do rock nacional dos anos 80 faria um show, em fevereiro seguinte (ou seja, fevereiro que passou) para comemorar seus quarenta anos de fundação, com a formação original e o evento aconteceria no porão favorito deste sujeitinho.
Ah! Claro que comprei mais que depressa o ingresso. Não me alongarei sobre a apresentação, uma catarse para cinquentões como eu, que lotavam o ambiente, ao lado de gente mais jovem e bem mais jovem. Finda a apresentação, meu plano era se dirigir para meu bar favorito na rua Angústia, como já tinha aliás combinado com os bebuns e as bebuns de sempre que pontuam lá.
Mas, ao passar pela pista, o porão propriamente dito, fui imediatamente capturado pela música que lá tocava e fui ficando. Quando dei por mim, já era quase meia-noite. Chamei um carro e zarpei.
Assim que pus os pés no bar, uma amiga e ficante eventual e um dos membros masculinos da elite dos bêbados do local correram a mim e dispararam:
- Alex, você chegou na hora certa! Se livrou de uma!
- Do que estão falando? - Fiz a pergunta óbvia.
E relataram que uma criatura, uma mala do sexo feminino, que já baixara por lá antes, tinha aparecido por lá umas horas antes, já embriagada, perguntando por mim, dizendo que me adorava, estava louca de saudades.... Bem, caros leitores, já me agarrei com essa moçoila umas vezes antes e caí fora ao sentir o pesado cheiro de encrenca, de chave de cadeia (claro, esse pequeno lance/romance patético foi devidamente relatado aqui nesta tranqueira).
Daí, fizeram a grande revelação, que me causou arrepios e alívio ao mesmo tempo: apesar de tentarem despistar, dizer que eu não aparecia lá há muito tempo (ah, os amigos de verdade!), ela insistiu em esperar, sempre me chamando e me exaltando (arghhh), até que se cansou e foi embora, CERCA DE DEZ MINUTOS ANTES DE EU CHEGAR.
Silenciosamente, agradeci não aos céus, ao inferno, ao que fosse de místico ou sobrenatural, mas sim ao talento do dj que estava comandando a mesa da pista da casa noturna e me reteve lá por quase uma hora, deleitando-se com as pérolas que disparava uma após a outra.
Mais um corte, para o final desta cômica história noturna vivida por um homem ridículo:
Semanas depois, retornei ao porão e saí a perguntar quem era o dj que comandou a música na pista daquela noite. Pois ele estava lá, o abordei e relatei a história. Ele e os dois funcionários ao lado riram muito, fiz questão de pagar uma bebida para ele e dizer: - você, sem saber, salvou minha vida!
E um dos funcionários soltou a pérola: - 'X', o anjo da noite! Saudações canalhas e cafajestes
"Quem vive a vida no Centro jamais pode ir para bairro senão definha e quem não vive essa vida jamais entenderá isso. "
Mais uma joia de sabedoria do colaborador-mor desta tranqueira, que, sim retornou com tudo à vida no Centro e à vida canalha! Um brinde!
Saudações canalhas e cafajestes