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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXV

 "Destesto gente marrenta. Ninguém é tão gostoso quanto acha que é."

Frase ouvida em uma conversa casual de mesa de bar, anotada mentalmente para aqui figurar. Uma simples e valiosa lição de sabedoria que devemos lembrar e aplicar na noite (e na vida em geral), sempre.

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXIV

"Homem caçarola: é aquele homem que a mulher manda nele totalmente; o agita, ele se mexe quando ela quer, ela determina tudo nele."

De um colaborador bastante bissexto desta tranqueira, mas que quando o faz, contribui com joias como esta.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Dica noturna de AlexB (postagem altamente chauvinista e canalha)

 

Este escriba, mais uma vez, compartilha com seus cinco, seis leitores suas experiências e impressões sobre lugares, estabelecimentos da cidade de São Paulo, para assim quem sabe ajudar o nobre seguidor desta tranqueira a ter uma experiência noturna o mais prazerosa possível.  

O edifício da foto acima é um dos mais famosos da cidade e de todo o país: o mais que famigerado Copan, localizado no Centrão, próximo à Praça da República, Rua da Consolação, etc. Desnecessário se alongar. Vamos ao que interessa.

O térreo da nobre construção, suas ruas internas e o entorno, nos últimos anos, vivem uma intensa movimentação e surgimento de bares, restaurantes, lojas diversas; tudo claro, bem 'hipster', 'modernoso', 'prafrentex', num clima e estética bem lacradores e 'santa ceciliers' (maioria dos frequentadores desses novos 'empreendimentos'). Os caros leitores podem deduzir o que penso disso tudo, mesmo sendo, em termos políticos-sociais, um progressista e defensor convicto de causas progressistas-libertárias...

Bem, mas há um estabelecimento no Copan anterior a essa onda modernosinha que resiste firme e forte, passou por maus momentos durante a pandemia, em 2020, óbvio, mas resistiu e voltou ao de antes: cheio e movimentado. Trata-se de um restaurante/bar (e pelo visto também balada/pista de dança) localizado bem na fachada, na área frontal do prédio, que, em várias noites da semana, recebe grupos musicais (vamos chamá-los assim, por falta de termo ofensivo o suficiente para descrevê-los) na sua parte superior, que aliás  nomeia o lugar (a tentação de postar foto destacando a placa na fachada que mostra o nome do estabelecimento foi grande, mas o receio de dores de cabeça foi maior).

Ocorre, caros leitores, que desde sempre, desde a primeira vez que passei defronte à noite e reparei no evento musical, e isso já faz uns anos, o cenário macabro é o mesmo: na parte inferior do restaurante, um clima de pré-balada, 'jovens dinâmicos'(como diz o colaborador-mor desta tranqueira) com cara de animação e hormônios em fúria e música ao vivo rolando no piso acima.  Mas as mulheres que enchem o lugar nessas noites tão animadas são, segundo definição não deste porco chauvinista e canalha, mas sim de minha melhor amiga, que algumas vezes, passando por ali comigo também presenciou a cena, 'um bando dessas típicas barangas na faixa dos 30, que camelam nos escritórios do centro, loucas, desesperadas para arrumar um namorado/marido' (ha ha ha!!!)

E a música, a música, leitores....

Sempre conjuntos cover de péssima qualidade, tocando (leia-se, piorando o que já é ruim) o melhor do cancioneiro popularesco-bregoso que o brasileiro médio adora. Na última vez que passei diante este verdadeiro portal para as trevas, há duas noites, o grupelho em ação realizava a proeza de tornar ainda mais insuportável um 'crássico' de um grupo amado por esses analfabetos culturais que infestam o Centro, São Paulo, o país, o tal de Roupa Nova (Argh!!!Vade retro!). E claro, um bando de bruacas ensandecidas podia ser visto pelas amplas janelas, pulando e cacarejando ao som. Confesso que tive ímpeto de gritar alguma tiração/piada cruel na direção do evento, mas fui contido pela clássica expressão, que me veio à mente: "melhor não, vai que é doença!"

Então, caros leitores, a dica é essa: se você estiver em busca de algum lugar pela noite do Centro de São Paulo com música ao vivo e mulheres disponíveis a aventuras amorosas e tiver o mínimo de bom gosto, amor próprio e ser pouco afeito a ressaca moral no dia seguinte, fique beeeem longe desse lugar!

Mas, claro, se o leitor é um autêntico 'guerreiro noturno', afeito a emoções realmente fortes e experiências extremas, então a dica ganha outro sentido...

Saudações canalhas e cafajestes           

    

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Baudelaire, mais uma vez

 


 Esta semana encontrei outra grande amiga; conversa vai e vem, perguntamos sobre amigos, conhecidos, fofocamos um tanto. Eis que ela pergunta sobre o rapaz que protagonizou postagem anterior, um sujeito que se deixou dominar e se explorar completamente por uma mulher, em nome do 'amor'; na postagem em questão citei a certeríssima fala da mais sábia mulher que já conheci, também sabedora do caso, que disparou:

"Incrível como vocês homens são tontos. É assim mesmo? Para ter uma buceta garantida vale tudo, até ser explorado, sugado, dominado até o limite?"

Os caros leitores se lembraram? Pois bem, relatei a esta minha outra amiga que na última vez na qual encontrei o sujeito ele estava ainda mais farto, cansado da situação, não se importou nem um pouco que as pessoas ao redor ouviram suas queixas. Mas infelizmente ele ainda não tomou a atitude que deve tomar!

Minha amiga ouviu atentamente e ao final, mostrou sua verve e cultura:

"É, cada um carrega sua quimera mas só olha a dos outros, nunca repara na sua, como escreveu Baudelaire."

Claro que fiquei interessado no ato e pedi que ela me mostrasse o texto em questão, cuja tradução transcrevo a seguir. 

É uma ótima fonte de reflexão sobre o caso desta postagem e também sobre o patético comportamento humano em geral.

Saudações canalhas e cafajestes

CADA QUAL COM SUA QUIMERA


Sob um grande céu cinza, numa grande planície empoeirada, sem caminhos, sem relvados, sem um cardo, sem uma urtiga, encontrei vários homens que caminhavam curvados.
Cada um deles carregava nas costas uma enorme Quimera, tão pesada quanto um saco de farinha ou carvão, ou o equipamento de um infante romano.
Mas a monstruosa besta não era um peso inerte, ao contrário, envolvia e oprimia o homem com seus músculos elásticos e possantes; agrafava-se com suas duas vastas garras no
peito de sua montaria; sua cabeça fabulosa sobrepunha-se na fronte do homem, como um desses capacetes horríveis pelos quais os antigos guerreiros contavam acirrar o terror do inimigo.
Questionei um desses homens e lhe perguntei aonde iam assim. Respondeu-me que de nada sabia, nem ele nem os outros, mas que evidentemente iam para algum lugar, já que eram impelidos por uma invencível necessidade de caminhar.
Coisa curiosa de se notar: nenhum desses viajantes tinha o ar irritado com a besta fera suspensa em seu pescoço e colada em suas costas; diríamos que ele a considerava como parte
de si mesmo. Todos esses semblantes fatigados e sérios não testemunhavam nenhum desespero; sob a cúpula spleenética do céu, os pés mergulhados na poeira de um solo tão desolado quanto este céu, eles caminhavam com a fisionomia resignada de quem está condenado a sempre esperar.
E o cortejo passou ao meu lado e se embrenhou na atmosfera do horizonte, no lugar onde a superfície rotunda do planeta se furta à curiosidade do olhar humano.
E durante alguns instantes, obstinei-me a querer compreender este mistério; mas logo a irresistível indiferença abateu-se sobre mim e destarte fiquei mais pesadamente afligido quanto
eles mesmos por suas esmagadoras Quimeras.

Tradução: Ana Lúcia Paz Magalhães

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Postagem não-prevista

A última postagem desta tranqueira terminava com aviso de um possível recesso do blog até o início de 2023; no entanto a vida ainda pode ter lances inesperados e estimulantes e a inspiração surgir quando menos se espera.

Este escriba encontrou-se esta semana com uma grande amiga e ex-caso; não nos falávamos há mais de mês. A conversa foi descontraída, alegre, profunda e rasa, tudo isso simultaneamente e muito misturado, como uma boa conversa entre dois amigos deve ser. 

Em um dos momentos de alguma seriedade, ela relatou que visitara os pais poucas semanas antes e notou como o bairro, a cidade em que eles vivem - sua cidade natal, cumpre notar - se tornou estranha a ela, como não mais sente-se parte daquele ambiente provinciano, paralisado e sufocante e que ela, assim como eu, optou por sair de lá e viver no bulício do Centro de São Paulo para experimentar horizontes mais amplos e experiências e vivências com gente mais diversa e em um meio mais variado, ainda que mais caótico, para fugir daquela mesmice existencial.

Repassamos e refletimos um pouco nossa escolha e não demoramos a concluir que foi muito acertada. Em dado momento ela perguntou, em tom de total deboche e ironia, se eu não me arrependia de ter 'abandonado e renegado minhas raízes' ? (Ha ha ha !)

Respondi de imediato, de 'prima', como se diz:

"Querida 'X', algumas raízes devem ser arrancadas e mortas sem dó, pois são raízes de nada mais que ervas daninhas; outras, no máximo, merecem ser mantidas cercadas e vigiadas, podem continuar vivas, mas sem se reproduzir ou se espalhar!"

Este escriba deseja a seus parcos leitores boas festas, um 2023 mais auspicioso e humano e prudentemente não anunciará recesso ou pausa para alguma semana qualquer do início do próximo ano; sabe-se lá o que pode pintar nos próximos dias!

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXIII

"O que faz pensar incomoda."

Afirmação nada original, mas profunda, eterna, necessária, que sempre deve ser repetida aos quatro ventos e enfiada a marteladas na cabeça dos humanos imbecis (só 90% da espécie, no mínimo!), que surgiu mais numa vez na cabeça e lábios deste escriba, em uma noitada em seu bar favorito, durante uma epifania alcoólica na qual, ao ter uma revelação mística arrebatadora sobre juventude, sobre manter a juventude eterna no espírito e que amadurecimento na verdade é isso, amadurecer é manter o espírito sempre jovem, esse pensamento brilhante foi formulado.

Este blog - provavelmente, talvez, quem sabe - entrará em recesso de fim de ano e voltará a ter postagens no começo do próximo ano, a não ser que a suprema e maravilhosa Calíope abençoe este sujeitinho com um raio brilhante e avassalador de inspiração que, conjugado a alguma experiência notívaga-sexual-alcoólica transcendental, o façam correr para o teclado ainda na próxima semana.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A experiência... a sabedoria... o medo!!!

 Introduções e preâmbulos longos e sofisticados - enrolação, em suma - não são necessários. Tudo que precisa ser dito, antes do núcleo dramático-macabro desta postagem é que este escriba estava passando mais uma noitada em seu bar favorito e sendo, digamos, 'corjetado' por uma senhora já adiantada um tanto em anos e desprovida de quaisquer encantos (se teve algum, em alguma era pretérita, o que duvido muito). Ele fugia dos ataques e investidas da senhora (dama é um adjetivo que não lhe cabia) com aquela mistura de desinteresse e educação que ele acha ser muito sagaz e da qual se orgulha(...). 

Até que no fim da noite, encostado no balcão, pagando as despesas etílicas da noitade, a mulher faz uma derradeira tentativa, se achega mais uma vez (!) e, após agradecer numa fala trôpega, bêbada que estava, por este escriba só ter colocado 'sonzera' na juxebox do estabelecimento, tentou retribuir e aproximou sua boca ressecada e bafejando álcool dos lábios deste desaventurado ser...

Caros leitores, o movimento sutil, preciso e rápido ao extremo que executei para evitar o beijo foi de deixar um ninja estupefato. A 'dama', desconsolada, não fez nova tentativa - Comus e Baco sejam louvados! - e afastou-se cabisbaixa. A balconista assistiu a cena impávida e após eu concluir o pagamento, comentou, entre sorrisos: 

- Coisas da noite, né 'X'?

O colaborador-mor desta tranqueira, ao ouvir este relato, concluiu/comentou:

 - Só a experiência de muitas noites permite executar esse movimento ninja e fugir das assombrações da própria noite!

P. S. : este evento se soma a outros recentes que claramente  denunciam a este sujeito: na competição amorosa-sexual das noites paulistanas, ele está sendo passado para trás, dado que está se tornando um 'tiozão' aos olhos da mulheres mais jovens e está atraindo a atenção, cada vez mais e pelo visto apenas, de mulheres que ele ainda não incluiu em seu rol de possibilidades. Ou em poucas palavras: só mulheres mais velhas, da faixa etária dele ou quase, estão se engrançando e as mais novas o ignoram mais e mais. 

Um assunto delicado, profundo e extenso, que cedo ou tarde, terá de ser abordado da maneira devida aqui, nesta tranqueira, por mais que eu queira evitá-lo ou fingir que  não está acontecendo...

Saudações canalhas e cafajestes