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segunda-feira, 15 de março de 2010

As musas dessas noites e desses dias - parte I

  Como anunciado, inicia-se uma série que contará algo sobre as musas inspiradoras do livro razão de ser do blog, sem revelar muito. Identidade de todas e deste que vos escreve, claro,  continuará nos pontos escuros e menos frequentados da noite paulistana ou na imaginação da minha fiel meia dúzia de leitores. Outra observação importante, antes de começarmos: essas mulheres não podem e certamente não querem deter o título de únicas inspiradoras desses relatos raivosos; foram uma espécie de catalisadoras, em que foquei meus sentimentos e reflexões, a figura delas permitiu dar forma literária à fúria, ao rancor e à raiva vividos não só com elas, seria injusto esqueçer de tantas outras que também contribuíram para a gesta dessas pérolas da chauvinice masculina. Então, vamos lá.
Conto semi-erótico. Ou: como perder várias noites de sua vida

  Uma revisão do meu relacionamento com S., amiga de infância bonita, lânguida, dona de linda bunda e de muitos tormentos interiores e com a qual tive uma seqüência de encontros, ficadas, enroscos e tretas, primeiro em nossa adolescência - encontros furtivos e ligeiros, longe dos olhares de pais e de nossos pares amorosos oficiais - retomados dez anos depois, quando já beirávamos os trinta anos  E por que essa historinha tão banal mereceu um conto? Bem, a constante dessa história  foi uma negação contínua: negação de sexo, de contatos mais íntimos, negação de um relacionamento bem-resolvido entre adultos, como o protagonista-alter ego pergunta à personagem que representa S., no fim do conto: " por que os adultos, que se dizem sabidos, espertos e vividos, não são diretos e sinceros nas relações amorosas, preferindo joguinhos para esconder suas intenções, como se fossem adolescentes que moram sozinhos?"
  Sim, durante anos corri atrás dela como um autêntico idiota, deixando-me levar pelo joguinho de insinua-foge típico das fêmeas e por algo tão forte quanto, que parecia sepultado mas ressurgiu em plenitude, há pouco: uma amizade que atravessou décadas, pois ela nunca deixou de ser amiga. Mas  ela é uma mulher,  portanto foi como uma lei matemática coisas estranhas ocorrerem: S. me empurrava algumas lindas e deliciosas amigas, falando a elas maravilhas a meu respeito, mas nunca permitiu que eu tivesse dela mais que rápidas bolinações nas pistas dos porões góticos e casas de rock mais podres desta cidade e vislumbres de sua lingerie...
  Em suma, este primeiro conto é a história da busca por uma trepada que nunca ocorreu e de como isso foi resolvido de maneira ao mesmo tempo bastante carnal e simbólica. E cometi uma impropriedade e tanto com esta narrativa: mostrei-a a sua inspiradora, que ficou desconcertada com o que leu.
  Por fim, se querem saber um pouco mais sobre eu e a moçoila, leiam a postagem "Crônica de uma noite que não terminou mal, mas não será louvada", principalmente os comentários.     
Saudações



2 comentários:

  1. Por que será que as coisas não vividas continuam tão vivas dentro da gente?

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  2. Porque o fato de serem não-vividas as faz habitar o terreno do "e se", como teria sido, o que seria de minha vida se tivesse feito isso ou aquilo, e esse tormento é terrível e viciante, eu diria.

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