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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Peça de bom humor e crítica


Uma das amizades mais longevas deste escriba é com um seu colega de faculdade, sujeito brilhante, cultíssimo - foi bem mais longe que eu (e que todos os outros da nossa turma) na profissão que ambos abraçamos, não posso nem dar pista leve sobre seu nome, pois a figura é realmente conhecida fora do nosso meio profissional - e claro, como todo homem de verdade, mulherengo e canalha!
Pois então, em um dos nossos últimos encontros para papear, expor nossas filosofias baratas e claro, falar de mulheres, caímos no assunto feminismo contemporâneo e a crônica indigência intelectual, de formação, de leitura, da maior parte dessa tal 'terceira onda do feminismo' ou o que seja. Cumpre registrar, pela infinitésima vez: este escriba, como já expressou nesta tranqueira diversas vezes, acredita na igualdade entre gêneros, apoia o feminismo, mas é inimigo de sangue de radicalismos, burrice e cultura de ódio, que sim, existem dentro do movimento feminista e são bem salientes, ainda que minoria; não adianta espernear, queridas, é fato!
Aprecio particularmente discutir esse tema ao mesmo tempo espinhoso e saboroso com ele, pois, dono de uma verve impagável e raciocínio agudo e rápido, pega as frases comuns, os clichês e palavras de ordem vazios desse 'novo' feminismo e debocha deles de modo exemplar. Nessa última conversa, citei um termo que está na boca dessas 'lacradoras' já há um tempo, termo que elas citam, citam, citam, mas nunca, nunca, nunca explicam direito o que significa:
"Cara, já ouviu falar da tal 'masculinidade tóxica', que essas pirralhas tanto repetem?"
E ele, na lata, de bate pronto, sem titubear:
"Masculinidade tóxica? Que é isso? Homem que solta gases em público?Qua qua qua!"

Saudações canalhas e cafajestes  

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Porção de sabedoria de um dos mais sábios homens que já viveu



"Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos.
Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa. (...)
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade.No próprio ato em que nos conhecemos, nos desconhecemos. "

Fernando Pessoa, Livro do Desassossego, fragmento 112  

sexta-feira, 29 de março de 2019

Pequena e preciosa gema de sabedoria

"Caso com uma prostituta, mas não caso de novo com uma evangélica!"

Máxima ouvida em um ônibus, desferida por um daqueles sujeitos despachados que conversam com todos a bordo, principalmente motorista e cobrador; o cara encerrou o relato(feito a plenos pulmões) do inferno que foi seu casamento com uma 'irmã' temente a deus(perdoem este escriba, a antítese barata que acabaram de ler foi irresistível!) com essa frase, que sem dúvida merece constar nesta tranqueira, pois combina à perfeição com o espírito dela.
 
Saudações canalhas e cafajestes  

sábado, 23 de março de 2019

Sinta o poder das trevas te envolver... Descubra, aterrorizado, que ele não vem do além, do distante sobrenatural...mas provem de você mesmo! - Parte II





Os cinco ou seis leitores fieis desta tranqueira lembram-se da postagem com o mesmo título desta, ilustrada pela imagem acima, de cerca de três meses atrás? Lembram-se que este escriba registra nela o pavor que sentiu, ao julgar que teve o poder de invocar uma criatura maligna(leia-se uma mala sem alça, uma mulher bêbada e chata) e tratou de esconjurar a criatura e, principalmente, esse poder tão então calado e insuspeito?
Pois, caros leitores, saibam que essa habilidade sobrenatural manifestou-se mais uma vez!
Estávamos eu e um dos principais colaboradores do blog em nosso bar favorito da Rua Angústia. Eu estava relatando a ele os acontecimentos patéticos que presenciei, no mesmo local poucas semanas antes, registrados na postagem 'uma noite daquelas', de início de fevereiro. A protagonista da postagem, a desvairada que estava com ciúme/paixonite encruada por um babaca daqueles, também se encontrava no ambiente(já alcoolizada, óbvio), indo de lá para cá. Eis que meu parceiro de beberagens e canalhices reparou:
"Cara, já reparei que você citou a 'X' três vezes e assim que pronunciou o nome ela surgiu, saiu da calçada e entrou no bar, saiu do banheiro e passou por nós"
Olhei para ele tomado de espanto e incredulidade, tomei mais um gole longo de bebida e mudamos de assunto. Mas eis que o zé ruela objeto da crise dela surge no bar, nos cumprimenta e segue para os fundos. E o trolha que vos escreve se distrai e dispara:
"Esse é o tipinho pelo qual a 'X' fez toda aquela cena." E eis que ela surge mais uma vez diante nossos olhos, assim que eu a invoco, e este sujeito é tomado pela certeza e o terror de que sua habilidade para invocar chaves de cadeia, encrencas e outros abantesmas existe e foi confirmada...
Nos encaramos mais uma vez, bebemos, mudamos de assunto e tomei o maior cuidado para não pronunciar o nome da criatura no resto da noite, embora ela estivesse por ali, disposta a aprontar mais das suas.

Saudações canalhas e cafajestes    

sábado, 16 de março de 2019

Nossa maravilhosa Língua Portuguesa


Estávamos este escriba e um de seus amigos colaboradores frequentes singrando uma rua do Centro de São Paulo, rumo a um de nossos bares de rock favoritos, já no final do dito feriado carnavalesco; as ruas ainda apinhadas de todos os 'jovens dinâmicos', lacradores, modernetes e quetais que tomaram de assalto as ruas dessa região, durante essa efeméride, nos últimos anos. 
Não nos incomodamos nem um pouco com a presença desses seres coloridos, apenas ríamos da aparência digamos exótica da maioria deles. Eis que passa por nós um sujeito envergando uma pochete de lantejoulas prateadas pendurada no peito, todo saltitante... Meu amigo vira-se e comenta:
"Rapaz brilhoso", ao que respondo: "deixe de ser preconceituoso, o cara pode ter a aparência que quiser", num tom ainda mais jocoso. Ele retrucou: " Quem disse que fui preconceituoso ou critiquei o rapaz, apenas disse que ele brilha, literalmente." Após alguns segundos, mergulhado em evidente reflexão, ele completa: "Nosso idioma não é maravilhoso? Uma mesma palavra, dependendo de como você a utiliza, pode exaltar ou detonar a criatura em questão".
E caímos na risada, enquanto adentrávamos nosso refúgio de boa música.

Saudações canalhas e cafajestes       

sexta-feira, 8 de março de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCI


"Essa blusinha dela é um 'tomara que não caia!' "

Um dos grandes amigos deste sujeitinho e um dos principais colaboradores desta tranqueira, ao ser alvejado pela visão de uma baranga obesa quase disforme, vulgar e sem um grama de charme, que envergava uma blusinha tomara que caia já meio descaída e cuja possibilidade de cair por completo nos assustou a ponto de apertarmos o passo.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 1 de março de 2019

E ainda nos chamam de canalhas...

A mulher séria e honrada, classe média de origem interiorana, orgulhosa de sua posição social(?), dona de um reluzente SUV, preocupada com os valores morais e com a felicidade e honra de sua filhinha, sua princesa, seu tesouro, dá um belo enquadro no rapaz de aparentes maus bofes que está namorando(na visão dela, apenas 'se aproveitando) sua linda filha e avisa:
- Você já começou a guardar dinheiro e planejar o futuro com minha filha? Sim, porque você não pense que vai enrolar ela, se aproveitar ou enganá-la!! Estou de olho em você! Trate  de pensar nisso, rapaz! 
(Pausa para o leitor respirar fundo e continuar a leitura)
Duas semanas depois o moleque, o canalha, o safado termina com a moça sem maiores explicações, para inconformismo dela, afinal de contas, os dois já eram adultos feitos, de idade um tanto avançada(idade de ambos: 20 anos), e um relacionamento de dois...meses já se tornou algo muito sério, que precisa evoluir para um estágio ainda mais sério.
(Relato verídico: a mocinha deixada na rua da amargura é parente de um meu conhecido)

P. S. : o título desta postagem é uma pequena referência-homenagem ao inativo mas ainda no ar blog do grande Chuck. Procurem na lista de links à direita.